terça-feira, 30 de novembro de 2010

Samariquinha fase 2: Costurando

Mãos da Amanda Barone

Minhas irmãs aprenderam a costurar mais cedo, sempre se mostraram prendadas em todos os trabalhos manuais que a minha mãe tentava nos ensinar. Digamos que nesse quesito eu sempre fui à ovelha negra. Paciência era algo que me faltava nessas horas de mexer com agulhas. Teve uma época que eu adorava criar minhas próprias roupas, mas eram concretizadas por uma costureira ou tia. Eu cresci vendo nossas roupas sendo fabricadas pela singer antiga que a minha mãe havia ganho de seu pai. Mas aquela agulha era um pesadelo. Sempre imaginava cenas de um dedo sendo furado, sangue, hospital, enfim, essas coisas.

Muitos anos passaram até que numa oficina de costura promovida por Jô Rodrigues, do meu amado grupo do Flickr, Meninas de Sampa, decidi enfrentar a tal máquina. Era um sábado ensolarado de fevereiro de 2008. Eram quase 10 meninas e uma professora paciente, pronta para tirar leite de pedra de quem nunca havia se aventurado pelo mundo da costura. Eu e Talita éramos as mais verdes e eu, a única que nunca havia sentado de frente a uma máquina.


Cara tensaaaaa!

Alegria de conseguir costurar sem se furar!
Durante aquela tarde deliciosa fui perdendo o medo com as sábias orientações da Jô, que naquele dia passou a ser a minha professora de costura. Fiz algumas aulas bem práticas, e ela me emprestou uma das suas máquinas. O novo brinquedinho despertou sentimentos incríveis em mim que andava pisando numa felicidade tremenda. As recordações da minha avó paterna, dona Nenen, vinham me visitar a toda hora. Ela costurava roupas de alfaiataria como ninguém, inclusive, fez até o vestido de noiva da minha mãe. (Mas isso merece um post completo, prometo!)

Logo depois das primeiras aulas,  adquiri o hábito de todas que mergulham no universo da costura: O fanatismo pelos tecidos. O vicio não nos deixa sair de uma loja desses artigos sem pelos menos 1 metro de pano

Maquina da Jô e minha primeira almofada sendo feita sem ajuda

As primeiras peças foram vendidas rapidamente e isso me empolgou ainda mais. Claro que comprar a minha primeira máquina de costura foi inevitável. As aulas não acabam nunca, pois preciso aprender tanta coisa! Ainda bem que tenho a minha mestra e amiga Jô, sempre por perto!


Minha primeira maquina tem nome:Maquinilda.  Nome escolhido num concurso no Flickr!


primeira peça

Essas fazem parte das primeiras também!


No atelier da mestra/amiga Jô

5 comentários:

  1. Micheline,

    que história mais linda... nos emocionou !!!

    Sabe que também morremos de medo de agulha, mas nossa mãe costura divinamente... prometemos um dia desses enfrentar, como você, as agulhas e sentar na máquina...

    que almofada mais MIMOSA... e arrasou demais !!!

    Tão gostoso passear pela net e encontrar um lugar tão especial... !!!

    ah... e vamos te esperar lá no MIMO CHIC, porque com a sua companhia vai ser muito mais gostoso dividir a porção de coisas gostosas que deixamos lá !!!

    hug,

    Lulú & Sol

    Obs : viramos seguidoras, viu ?

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  2. Oi MI, a Jô tb é minha fada Madrinha, ela tem a paciência e o dom de nos deixar confiante e à vontade para arriscar novos projetos. Sua história é linda,vou ficar a postos a espera dos novos capítulos.Bjs, Mada.

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  3. Mi, amo quando visito seu espaço, aliás clima de atelier é muito bom.

    Gostei da foto tensa e depois da alegria ao final da costura.

    Beijos
    Alexandre Heberte

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  4. Micheline, encantou-me o modo narrar a sua história, pequenos detalhes que fazem a diferença.
    Beijos.

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  5. é mto bom ver q existem pessoas tão apaixonadas pelo artesanato qnto eu.. Fiquei mto encantada com sua história e pelo seu amor por seus trabalhos...
    parabéns por td...

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